21 março, 2013

Um pouco mais sobre Almakia

Autora: Lhaisa Andria


Título: Almakia
Subtítulo: A vilashi e os Dragões
Autora: Lhaisa Andria
ISBN: 978.85.65588.08-9
Capa: Marina Avila
Projeto Gráfico e ilutração: Josi Echeverria
Revisão: Verônica Sobreira
Linha Literária: Literatura Fantástica
Formato: 16 x 23 – 362 páginas





Domínio de Almakia



Mesmo dentro dos limites do Domínio de Almakia, lugar de origem
dos primeiros almakins, nem todos nascem com o dom de usar um
dos Sete Poderes Elementares, a principal característica desses descendentes
da antiguidade.

Esses poderes, representações do que podemos encontrar na natureza
em todos os domínios existentes, estão presentes no sangue e conservado
nos clãs dos almakins. Assim como o ar está naturalmente para
nossos pulmões, o almaki está naturalmente para seu manejador. Possuir
a capacidade de manejar uma dessas representações equivale a ser dono
perpétuo de algo importante, e estar acima de qualquer um…
Consequentemente, essa capacidade também desperta a consciência de ser
alguém grandioso.

Sabedores de que a união de seus poderes resultaria na soberania
do povo almakin sob o restante dos habitantes de outros domínios, os
manejadores-antepassados iniciaram um tempo de escuridão e
preconceito. Juntamente com a expansão de seus limites territoriais e a
submissão do que consideravam seres inferiores, defendiam a ideia de
que pessoas comuns – que não possuíam um almaki, segundo eles – não
mereciam permanecer na então denominada Almakia, a não ser por
caridade e por servidão.  Assim, Almakia se tornou um império, admirado, temido, absoluto e puro.
O que ninguém poderia imaginar era que esse
absolutismo começaria a ruir por dentro, a partir do seu próprio orgulho. Mais rápido do que poderia ser previsto, os almakins puros foram se extinguindo através da cobiça e conspiração, e os que restaram encontraram uma
única solução: dar início a uma nova era.

Cerca de mil anos depois, em um Domínio mais
desenvolvido e mais comercial, os variados descendentes dos almakins antigos
ainda existem e mantém costumes e tradições, procurando não cometerem
os mesmos erros que seus ancestrais e guardando seus Segredos.
Por isso, através do tempo, ao invés de imporem seu comando à força, eles
sutilmente usaram suas habilidades para obter um poder mais abrangente
e irrevogável: o econômico. Os almakins
voltaram a ser soberanos pelo simples fato de não existir meios de viver
sem eles e os benefícios do que faziam.

O preconceito do passado, todavia, ainda predominava,
principalmente entre aqueles que podiam dizer com orgulho que
seu almaki vinha imaculado através dos tempos, e o guardavam como
um tesouro de muito valor. Essas poucas famílias detentoras de tal
pureza zelavam por suas posições, se considerando superiores a
todos os outros seres em Almakia, e tratavam de preservar e
controlar todo o conhecimento relacionado aos Segredos Almakis,
sendo conhecidas como as Grandes Famílias. E, no intuito de garantir
que seus herdeiros continuassem nesse mesmo caminho, uma Instituição
de ensino almaki fora fundada na Colina Maojin, um dos lugares mais
afastados de todos aqueles que não possuíam poderes, por um famoso
manejador da Família de Fogo Dul’Maojin, almakins predominantes da
região. Não demorou para que esse lugar de estudos ficasse conhecido com
o mesmo nome, e para que logo atraísse pessoas de todos os cantos da
Almakia, fundando ali a Capital de Fogo, que passou a ser um dos centros
comerciais mais desenvolvidos de todo o Domínio.

Da mesma forma, no restante de Almakia o exemplo da Capital de
Fogo foi seguido, e ao redor das Grandes Famílias almakins, cidades
foram edificadas. Não podiam competir com a Capital de Fogo e sua
representação de poder, mas também, não se refreavam em deslumbrar
os visitantes com toda a pompa possível. Assim, surgiram as Capitais
Almakis, cada uma com sua importância e a sua especialidade, segundo a
Família que era sua patrona.
Entre as geladas montanhas do norte ficava a Capital de Vento,
dominada pelos Sfairul. Ao oeste, no Vale das Pedras, uma das regiões mais áridas, o centro da Capital de Metal era representado pela família Gran’Otto. Localizada nos Altos Vales Rochosos, na Região sudeste, onde o Almakia termina no mar, a Capital Real ainda é considerada um importante centro de liderança e diplomacia mesmo que
seu funcionamento não seguisse sua teoria.
Assim, em volta dessas Grandes Famílias, a sociedade do Domínio,
composta principalmente por almakins, de vários níveis, e pessoas
comuns, voltara a ter o brilho de outrora, de uma forma mais organizada
e cheia de exuberância.

Contudo, mesmo com todo o seu passado de grandeza e a elaborada estrutura que construíram, ainda desprezando quem não lhes eram iguais ou inferiores, os almakins não podiam garantir o controle sobre os Sete Poderes. O conhecimento começava a partir do momento em que a história dos manejadores passou a ser escrita, e não no princípio do almaki. Não havia uma explicação de como surgira, o motivo de surgir e como se manifestava nas pessoas.



3 comentários:

  1. Parabéns Brenda, conseguiu aumentar a minha curiosidade em conhecer a obra da Lhaisa.

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    Respostas
    1. Muito legal.
      Adorei o mapa tornou tudo tão mais real e prazeroso.
      Parabéns!!!

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    2. Nossa que bom que gostaram viu, mas também uma autora maravilhosa como a Lhaisa tem que ter também uma obra maravilhosa!!!

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